Amazon provoca Prime Day de julho

O anúncio vem em meio a um relatório de que os vendedores estão desistindo do evento de vendas devido aos custos tarifários.

Amazon anuncia o Prime Day de julho com desafios tarifários e resposta da Casa Branca

A Amazon anunciou na terça-feira um Prime Day em julho em meio a um ambiente de consumo abalado pelas políticas tarifárias do presidente Donald Trump. A gigante do comércio eletrônico disse que o evento terá algumas das “melhores ofertas do verão”, com membros Prime podendo aproveitar “descontos profundos” em mais de 35 categorias, incluindo eletrônicos, beleza e vestuário. A empresa ainda não divulgou as datas da venda, mas disse que mais informações serão compartilhadas em breve.

No anúncio do Prime Day, a Amazon afirmou que pequenas e médias empresas representam mais de 60% das vendas em seu marketplace. Essas empresas venderam mais de 200 milhões de itens durante o evento do Prime Day do ano passado, segundo a empresa. Alguns desses vendedores terceirizados estão desistindo do evento ou reduzindo o escopo de mercadorias com desconto oferecidas como forma de proteger as margens de lucro devido às tarifas, de acordo com um relatório de segunda-feira da Reuters.

As expectativas dos consumidores caíram 32% este ano até abril, em parte devido às altas tarifas, segundo um relatório recente da University of Michigan. É a maior queda desde a recessão de 1990. As expectativas de inflação subiram de 5% para 6,5%, o maior nível desde a inflação de dois dígitos em 1981.

Em resposta a um relatório da Punchbowl News de que a Amazon em breve exibirá os custos tarifários ao lado dos preços dos produtos para os consumidores, a Casa Branca se manifestou dizendo que é um ato hostil e político da Amazon. “Os americanos devem comprar produtos americanos. É mais um motivo pelo qual estamos trazendo de volta para casa as cadeias de suprimentos críticas”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante uma coletiva de imprensa.

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